As pessoas beges são um espécime muito comum no mundo. É um tipo de gente que está em todos lugares. Nos bancos, nas ruas, nas empresas, nos shoppings. Eles andam de um lado para outro sem pararem pra pensar na vida ao redor.
A denominação bege se dá por que, na minha singela opinião, a cor bege é uma das mais sem graça na família das cores, assim como seus primos marrons e cinzas. Mais bege se destaca por ser a cor mais sem graça do planeta. Então a cor exemplifica da melhor maneira essas pessoas.
Assim, podemos reconhecer uma pessoa bege na multidão. Ela usa roupa beges, mas também outros enfadonhos tons pastéis. Adoram usar ternos (para os homens) e terninhos (para as mulheres). Eles se preocupam demais com coisas rotineiras como supermercado, filhos, trabalho, jornal das oito e novela das nove. É claro que uma pessoa bege se identifica tremendamente com o serviço público e acham isso a maneira mais prática de se viver. Eles pensam em comprar um bom carro, que caiba toda a família, e viajar para a praia no fim do ano. As pessoas beges vão ao cinema do shopping ao fim de semana e assistem filmes muito bem indicados em revistas semanais de grande vendagem no país.
Mas também existem os jovens beges. Eles freqüentam sempre os mesmo lugares, e se amontoam para conseguir uma simples mesa no bar da moda. As pessoas beges não têm a mínima noção do que acontece no undergroung. Nem sabe que existe um. Os jovens beges são ainda piores do que os adultos beges principalmente por que posam de moderninhos e são ultra-conservadores e pregam atos e atitudes dignas da idade média. Os beges (para simplificar, vamos chamá-lo assim, apenas de ‘os beges’) pregam a tão abençoada monogamia e acham absurda qualquer outra forma de relacionamento. Eles pregam para que todos sejam iguais a eles, não respeitam as escolhas pessoais. Para os beges a única forma de relação amorosa possível, também, é entre um homem e uma mulher, se nenhuma variação disso.
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